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segunda-feira, 21 de março de 2011

Moinho das Doze Pedras - Figueira da Foz

Originalmente património dos Jesuítas, a Quinta do Canal foi confiscada à Companhia de Jesus e em 1769 foi doada pelo Marquês de Pombal ao seu Secretário de Estado Adjunto, José de Seabra e Silva (1732-1813). Depois de uma trajectória política atribulada, José de Seabra e Silva é forçado em 1799 ao exílio na Quinta do Canal e só 5 anos depois recebe autorização do rei para de lá sair.
Entre os rios Pranto e Mondego, a maior parte da quinta é ocupada pelo cultivo do arroz, no que resulta uma extensa e verde paisagem natural, com vista privilegiada sobre a margem Norte do Mondego, desde a ponte da Figueira da Foz à Serra de Castros.

Moinho das Doze Pedras - Comporta

Um moinho de marés funciona de maneira muito simples: uma comporta permite aproveitar o subir da maré para encher um reservatório, a caldeira. Quando a maré começa a vazar, a comporta é fechada para manter o nível de água na caldeira. Assim, passado algum tempo há um desnível entre os níveis de água na caldeira e no rio.

Por baixo do moinho existe um conjunto de rodízios (uma espécie de roda com pás) que na maré baixa ficam a descoberto e fazem girar a mó por força da água que sai da caldeira para o rodízio e depois para o rio.
No moinho das Doze Pedras, apesar de uma tentativa de recuperação no final da década de 80, infelizmente apenas se encontram buracos abertos para o rio, que deixam adivinhar o trabalhar dos rodízios por baixo e das mós por cima.

Moinho das Doze Pedras

Moinho das Doze Pedras - Casa por dentro

ATENÇÃO: Estes buracos fazem do chão do moinho uma autêntica manta de retalho e uma armadilha para um visitante mais desatento.


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Comporta do Sal no Rio Pranto

O Vale do Baixo Mondego situa-se na Região da Beira Litoral e corresponde a uma extensa planície de origem aluvial, com cerca de 14.000 hectares, situada entre as cidades de Coimbra e da Figueira da Foz.

As culturas do arroz e do milho ocupam mais de 90% da superfície agrícola útil do Vale. Mas o cultivo do arroz — mais exigente em termos de necessidades hídricas — continua a ser predominante, mesmo em algumas áreas mais a montante. Este facto levou a adoptar para todo o Vale uma rede de irrigação secundária adaptada à cultura orizícola, possibilitando a sua viabilização sem quaisquer restrições.

O estuário do Mondego está sujeito a um grande stress ambiental devido à descarga de efluentes domésticos e industriais não tratados e à actividade intensiva de orizicultura e aquicultura.

O braço norte é mais profundo (4 a 8 metros versus 2 a 3m, em preia-mar) e recebe o caudal fluvial do rio Mondego, já que o assoreamento ocorrido na secção montante do braço sul apenas recebe o escoamento fluvial do rio Pranto, que é controlado por comportas destinadas a assegurar as quantidades de água necessárias à orizicultura e a impedir a intrusão de água salina durante a preia-mar.

Comporta do Sal no Rio Pranto


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