Originalmente património dos Jesuítas, a Quinta do Canal foi confiscada à Companhia de Jesus e em 1769 foi doada pelo Marquês de Pombal ao seu Secretário de Estado Adjunto, José de Seabra e Silva (1732-1813). Depois de uma trajectória política atribulada, José de Seabra e Silva é forçado em 1799 ao exílio na Quinta do Canal e só 5 anos depois recebe autorização do rei para de lá sair.
Entre os rios Pranto e Mondego, a maior parte da quinta é ocupada pelo cultivo do arroz, no que resulta uma extensa e verde paisagem natural, com vista privilegiada sobre a margem Norte do Mondego, desde a ponte da Figueira da Foz à Serra de Castros.
Um moinho de marés funciona de maneira muito simples: uma comporta permite aproveitar o subir da maré para encher um reservatório, a caldeira. Quando a maré começa a vazar, a comporta é fechada para manter o nível de água na caldeira. Assim, passado algum tempo há um desnível entre os níveis de água na caldeira e no rio.
Por baixo do moinho existe um conjunto de rodízios (uma espécie de roda com pás) que na maré baixa ficam a descoberto e fazem girar a mó por força da água que sai da caldeira para o rodízio e depois para o rio.
No moinho das Doze Pedras, apesar de uma tentativa de recuperação no final da década de 80, infelizmente apenas se encontram buracos abertos para o rio, que deixam adivinhar o trabalhar dos rodízios por baixo e das mós por cima.
ATENÇÃO: Estes buracos fazem do chão do moinho uma autêntica manta de retalho e uma armadilha para um visitante mais desatento.
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